O mapeamento geológico é uma investigação realizada por geólogos com o intuito de identificar as rochas que ocorrem em determinada área, a presença de deformações, falhas, fraturas e outras informações geológicas. Após a realização do mapeamento geológico, é elaborado o mapa geológico, que vai localizar e compilar os dados obtidos.
Sua principal utilização é para a exploração mineral, pois, esta é uma etapa crucial para identificar se existe algum bem mineral presente naquela determinada área e caso exista, se é viável realizar outros trabalhos mais detalhados para poder investigar melhor a região e definir se há viabilidade ou não de extrair minério.
Para saber mais, leia o conteúdo até o final!
O mapeamento geológico com ênfase em reconhecimento regional é realizado geralmente em escalas de 1:250.000 (1cm = 2,5km). Este é um “limite” máximo de escala para realizar este tipo de trabalho.
O mapeamento geológico de semi detalhe é realizado em escalas de 1:25.000.
Este é mais comumente realizado durante a graduação de geologia e em trabalhos que visam identificar e mapear a geologia daquele determinado local.
O mapeamento geológico de detalhe é feito geralmente em escalas de 1:10.000 a 1:2.000, por vezes também utilizado em escalas ainda menores.
Sendo realizado nos principais pontos marcados para investigação durante o mapeamento de semi detalhe.
Em escalas menores este mapeamento é utilizado para realizar mapeamento de trincheiras, delimitação de corpos de minério ou de colúvios com potencial mineralizações.
Existem diferentes técnicas de mapeamento geológicos, como:
Esta técnica de mapeamento geológico é utilizada em todas as escalas, desde escalas regionais até de detalhes, e tem por objetivo identificar as litologias e estabelecer a estratigrafia e estruturas principais da área.
Este método de mapeamento geológico deve ser utilizado em levantamentos de semi detalhe e detalhe e se destina a investigar a continuidade de litologias, falhas e de outras estruturas.
Esta técnica de mapeamento geológico é utilizada em escalas de detalhe a partir de levantamentos topográficos detalhados em uma determinada área. Dessa forma, as picadas são abertas para realizar a topografia e são utilizadas para realizar o mapeamento. As rochas e afloramentos são locados a partir dos piquetes instalados pela equipe de topografia.
O mapa geológico é o produto gerado após o mapeamento geológico, onde o geólogo vai inserir todas as informações coletadas em campo, sobre as rochas, estruturas, ocorrências de minérios, etc. Além disso, no mapa geológico, o profissional vai unir o que ele viu em campo com a bibliografia da região.
As principais etapas para produzir um mapa geológico são:
Para elaborar o mapa geológico final, o geólogo utiliza geralmente algum software com sistema de informação geográfica (SIG).
Dessa forma, ele consegue inserir suas anotações que fez durante o campo e as imagens dos registros de rochas e afloramentos, podendo ser possível serem localizadas geograficamente através das coordenadas de GPS.
A partir disso, caso seja necessário realizar um mapeamento de detalhe, o geólogo consegue facilmente chegar a localização onde ele registrou determinada rocha durante o mapeamento já realizado.
Suas principais aplicações são nas fases ou etapas prospecção e avaliação de depósitos minerais, trabalhos de geotécnica para estradas, aeroportos, mapeamento de minas e outros.
Para a prospecção mineral, eles são utilizados principalmente em casos que o minério está em sub superfície e que são feitas trincheiras para avaliar melhor a quantidade e a qualidade de minério daquela determinada área.
Estes casos são muito comuns para minérios de manganês, quando estes são gerados por processos supergênicos.
O produto final de um mapeamento geológico é o mapa geológico daquela determinada região, que pode ser feitos para diferentes propósitos. Porém, todas elas vão incluir um relatório do trabalho realizado.
O relatório do mapeamento geológico deve levar em consideração o público alvo, isto é, quem vai ler este relatório, além do seu objetivo final. Dessa forma, ele pode ser feito de diferentes maneiras, pois um relatório de mapeamento geológico será elaborado de maneira distinta caso seu intuito seja apresenta-lo para alguém leigo no assunto ou seja apresenta-lo para algum congresso acadêmico.
De maneira geral, é interessante definir o objetivo que esse trabalho teve, e contextualizar o leitor de maneira objetiva sobre o contexto geológico da região, incluindo as formações, grupos e unidades geológicas previamente mapeados na região.
Após isso, é importante elaborar um mapa com as litologias mapeadas durante a visita em campo e se possível definir os seus limites na área mapeada.
Além disso, podem ser marcados pontos ou delimitados corpos principais de acordo com o objetivo do trabalho, por exemplo, pode ser destacado um afloramento com mineralizações que era de interesse do trabalho.
Deve haver também uma descrição, se possível, bastante detalhada, com as rochas mapeadas, seus minerais, sua forma de ocorrência e outros detalhes que venham a ser relevantes para o objetivo do trabalho.
O mapeamento geológico é um trabalho realizado pelos geólogos que exige diversos processos e etapas a serem cumpridas. Além disso, deve ser elaborado um mapa geológico em conjunto com um relatório técnico quando finalizado.
Dessa forma, é importante que o geólogo que irá realizar este tipo de trabalho estude bastante ou tenha uma experiência prévia neste tipo de trabalho.
Com isso, ele irá integrar diferentes conhecimentos na etapa pré campo, identificar durante o trabalho de campo quais são as áreas potenciais que se deve dar mais atenção durante o mapeamento, e por fim elaborar um relatório que seja de fácil compreensão para o público alvo do trabalho.