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Pegmatitos: tipos, características e importância econômica
15/11/2021
• Atualizado em 27/06/2025
4 minutos para ler

Pegmatitos: tipos, características e importância econômica

Os pegmatitos são rochas ígneas, geralmente granitoides, que ocorrem em veios, diques ou massas de contato irregulares.

Eles apresentam minerais com grãos muito grandes, que podem variar de centímetros a decímetros, tornando-se uma das rochas mais fáceis de identificar no campo.

O que são pegmatitos?

Segundo Jahns (1955), pegmatitos são rochas holocristalinas com granulação muito grosseira em pelo menos uma parte.

Seus minerais principais são semelhantes aos das rochas ígneas comuns, mas seus grãos se diferenciam pelo tamanho extremo.

Eles ocorrem numa faixa ampla de profundidade, principalmente em terrenos erodidos de grau metamórfico médio a alto, sendo comuns nas margens de grandes intrusões graníticas.

Tipos de pegmatitos

Os pegmatitos dividem-se em três tipos principais:

Pegmatito homogêneo

  • Composto essencialmente por quartzo, feldspato e mica.
  • Forma tabular ou dômica.
  • Granulometria varia entre centimétrica e decimétrica.
  • Apresenta textura uniforme e pouco zonada.

Pegmatito heterogêneo

  • Forma variável: lenticular, arredondado ou disco achatado.
  • Estrutura zonada em quatro camadas concêntricas:
    1. Zona 1: Menor que 1 metro, contém muscovita.
    2. Zona 2: Composição semelhante ao pegmatito homogêneo; maior parte do corpo.
    3. Zona 3: Contém turmalina, granada, microclina pertítica, berilo e espodumênio.
    4. Zona 4: Núcleo de quartzo maciço com minerais acessórios.
  • Origem relacionada à cristalização de fluidos múltiplos ou ao melt silicático com fluido aquoso posterior.
  • Exemplos globais: Kings Mountain (EUA), Greenbushes (Austrália), Bikita (Zimbábue), Fregeneda-Almendra (Portugal), Jiajika (China).

Pegmatito misto

  • Caracteriza-se por apresentar bolsões de quartzo ao invés de núcleos definidos.
  • Tem características intermediárias entre os tipos homogêneo e heterogêneo.

Morfologia dos pegmatitos

  • A espessura varia de poucos centímetros até centenas de metros.
  • A maioria não ultrapassa 30 metros de espessura.
  • O comprimento pode ser até mil vezes maior que a largura.
  • Profundidade de ocorrência vai até 700 metros, mas geralmente a exploração atinge 80 metros.

A forma do pegmatito depende da rocha encaixante:

  • Granitos: corpos tabulares, irregulares ou ramificados.
  • Mica xistos: corpos lenticulares ao longo da xistosidade.
  • Quartzitos e gnaisses: corpos tabulares e ramificados.

Modelos de evolução dos pegmatitos

Segundo Cerny (1982), os pegmatitos evoluem de diferentes formas:

  • Pegmatitos abissais: corpos autóctones, derivados de zonas metamórficas de alto grau, ricos em U, Th, Nb, Ti, Zr e terras raras (ETRs).
  • Pegmatitos moscovíticos: encaixados em mica xistos, originados por anatexia ou fraturamento restrito de granitos, podem conter berilo, columbita, ETRs, U e Th.
  • Pegmatitos portadores de elementos raros: formados por fracionamento de granitos alóctones, associados a metamorfismo médio, contêm Li, Rb, Be, Nb, Ta, entre outros.
  • Pegmatitos miarolíticos: confinados em cúpulas graníticas alóctones, sub-vulcânicos, preenchendo fraturas e bolsões.

Importância econômica dos pegmatitos

Os pegmatitos possuem alta relevância econômica devido à variedade mineralógica. Entre os principais minerais de interesse estão:

  • Minerais industriais: feldspato, caulim, mica, minerais de lítio.
  • Minerais minério: elementos raros como nióbio, tântalo, estanho, urânio, césio, terras raras (ETRs).
  • Minerais gemológicos: turmalina, berilo, espodumênio, entre outros.

Esses minerais abastecem indústrias eletrônicas, cerâmicas, energéticas e joalherias, tornando os pegmatitos alvos estratégicos de exploração.

Como ocorre a prospecção de pegmatitos?

A prospecção envolve várias etapas detalhadas e técnicas:

1. Definição da zonalidade

  • Estudo petrografico detalhado das zonas do pegmatito.
  • Composição mineral e percentual são medidos usando malhas e trena.
  • Estima-se o volume do depósito.

2. Amostragem

  • Coleta de até 10 amostras de cada mineral por zona, em locais representativos.
  • Separação de frações monominerálicas sob lupa binocular.
  • Análises de metais raros e alcalinos para cada fração.

3. Análises químicas

  • Utiliza fluorescência de raio X (FRX), espectrofotometria para elementos como Li, Na, K, Rb, Cs, Ca, Mn, Mg, Be, Sr, Pb.
  • Ensaios de queima para minerais cerâmicos.

4. Mineralogia

  • Descrição detalhada e mapeamento mineralógico de cada zona.

5. Mapeamento de detalhe

  • Métodos complementares: poços, trincheiras, galerias, sondagens, geofísica e topografia.

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