Skip to main content
Minas Autônomas: Saiba o que são e como funcionam.
18/12/2020
• Atualizado em 18/12/2020
4 minutos para ler

Minas Autônomas: Saiba o que são e como funcionam.

As minas autônomas possuem a capacidade de operar sem nenhum ser humano, diminuindo riscos e com elevada produtividade. A Mina de Brucutu, em Minas Gerais, da Vale foi a primeira mina autônoma do Brasil.

Esse é um tema que está cada vez mais em alta na mineração e que juntamente com outras tecnologias, como internet das coisas, blockchain, inteligência artificial, big data e diversas outras vão impactar e estar cada vez mais presentes na mineração, para saber mais sobre as minas autônomas, leia este conteúdo até o final.


Como funcionam as minas autônomas?

As minas autônomas partem do princípio que as pessoas não vão trabalhar no local de exploração de recursos minerais, dessa forma, operadores não vão se movimentar em meio as máquinas e elas vão ser automatizadas através de GPS, radares e do uso da inteligência artificial.

As máquinas nas minas autônomas vão escolher e percorrer os melhores caminhos a partir da inteligência artificial, executando também a atividade para a qual foram feitas de maneira muito eficiente, contando com sistemas integrados, que fazem a captação de dados de produtividade e manutenção em tempo real, tudo isso com rotinas e manutenções programadas.

Dessa forma, os operadores ao invés de controlarem as maquinas em si, vão estar na sala de comando, visualizando se está tudo nos conformes e fazendo as modificações necessárias para que o sistema possa operar da maneira adequada. Tudo isso objetiva além do ganho de produtividade o aumento da segurança, para evitar acidentes, que muitas vezes podem ser fatais.

caminhão autônomo
Caminhão Autônomo. Fonte: Vale

O que acontece se ocorrer algum problema na mina autônoma?

Na mina autônoma, se ocorrer algum problema, o centro de comando receberá essa informação no mesmo momento, dessa forma, o operador poderá corrigi-lo ou informar ao seu gerente para que a empresa possa tomar os procedimentos necessários.

Outras formas de automatizar as minas

Além da automatização das minas em relação a extração e transporte de minérios, diversos projetos estão sendo realizados para que isso aconteça em outros setores, alguns deles são:

  • O acionamento remoto de explosivos nas frentes de lavra na mineração;
  • Processos de britagem, beneficiamento, recuperação de rejeito;
  • Processo de empilhamento e concentração de minério;
  • Estações de Tratamento de água;
  • Sistemas de Pesagem Rodoviária;
  • Desmonte remoto;
  • Flotação e Moagem.

Minas autônomas no Brasil e no Mundo.

A Vale está passando por um grande processo de modernização e a Mina de Brutucu, localizada no estado de Minas Gerais, opera apenas com caminhões autônomos, além disso, outras mineradoras como a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), na unidade de Miraí (MG), desde 2008 já possui sua usina de beneficiamento totalmente automatizada.

Além disso, na unidade Miraí, o sistema de pesagem rodoviária dos caminhões que transportam ROM e minério beneficiado foi modernizado em 2016 e é automatizado, registrando o peso líquido carregado, a hora da pesagem, a origem, o destino, a placa dos veículos e outras informações através de painéis eletrônicos e por  transmissão para a sala de controle em sistema de rádio frequência.

A Copebras, da CMOC (Chyna Molibdenum Corporation), na Mina Chapadão em Ouvidor (GO), em 2017 já possuía 70% dos processos automatizados, englobando áreas de britagem, empilhamento e concentração.

Outro exemplo é a Nexa, ex Votorantim, na mina subterrânea de Morro Agudo, que possui o sistema de desmonte remoto e na Mina de Vazante automatizou desde 2006 a parte de moagem e flotação.

minas autônomas
Mina Autônoma de Brucutu, da Vale.

Futuro das minas autônomas

Dessa forma, a tendência futura é que as minas autônomas possam fazer todos os processos sem a presença de nenhum ser humano, eles terão somente que ficar na sala de controle, isso sem dúvidas vai garantir uma grande eficiência operacional para as mineradoras, mas também é um grande desafio em relação a modernização e principalmente a possíveis problemas que podem ocorrer.

Contudo, os sistemas que estão sendo desenvolvidos para que as minas autônomas possam operar, levam em conta esses desafios e com certeza vão se modernizar cada vez mais para que esse processo possa ser realizado de maneira segura.

Por fim, diversas startups e empresas inovadoras estão se especializando nesse tema e procurando principalmente utilizar as tecnologias citadas no início do texto, como big data e inteligência artificial para garantir que esse processo tenha o máximo de eficácia e produtividade possível, garantindo também que ele não tenha problemas operacionais e que seja seguro.

Se você gostou desse conteúdo e agora entendeu um pouco melhor sobre as minas autônomas, compartilhe ele nas suas redes sociais e com pessoas que também são interessadas por esse tema.

Se quiser, se inscreva também na nossa newsletter para acompanhar esses e outros materiais sobre geologia, geofísica, mineração, geotecnia e muito mais!

Comments (4)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados
Aerofotogrametria: entenda o que é e saiba como funciona.

Aerofotogrametria: entenda o que é e saiba como funciona.

Como identificar rochas?

Como identificar rochas?

Depósitos do tipo cobre pórfiro: Conheça mais sobre

Gossan: depósitos minerais também chamados de chapéu de ferro.