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13/03/2024
• Atualizado em 13/03/2024
4 minutos para ler

Perspectivas da indústria global de cobre para 2024

O tema da análise divulgada pela Bloomberg em dezembro de 2023, analisando a indústria de cobre e suas tendências até 2024 foi: “do excesso de curto prazo à escassez de longo prazo”.

Segundo a análise da Bloomberg, os produtores globais de cobre se beneficiaram da forte procura da China em 2023, mas isso pode mudar, a menos que Pequim estimule de forma mais assertiva. A oferta de minério poderá recuar fortemente até 2025, levando o mercado a um modesto superávit.

Por outro lado, os difíceis ambientes de regulação e políticos da América do Sul, que impedem a entrega de novas minas, continuam a ser sólidos apoios a médio prazo. 

Quando falamos do cenário brasileiro, segundo Eduardo Capelo, Diretor da Geoscan, os desafios vão além da questão da regulamentação, há ainda um grande passo a ser dado pelos empresários do setor no que toca a questão de controle de qualidade e certificação de recursos e reservas.

“Um grande passo foi dado pelos órgãos governamentais, a criação da Comissão Brasileira de Recursos e Reservas, vinculada ao CRIRSCO em 2022. Desenvolver um ativo minerário com as devidas certificações dos trabalhos de pesquisa é o que garantirá uma reserva sustentável e confiável de minério de cobre a ser fornecida para o mercado, garantindo sustentação para contratos de fornecimento de longo prazo com compradores internacionais”.

A procura por veículos elétricos e de energias renováveis ​​poderá continuar a ser um fator decisivo para aumento da demanda durante as próximas duas décadas, compensando a influência negativa do amadurecimento da economia da China e sustentando o consumo nas tendências de longo prazo ou ligeiramente acima delas.

Em resumo, o minério de cobre é um dos minérios críticos e estratégicos necessários na transição para uma economia de baixo carbono, no entanto, nossa produção é muito dependente da demanda da China e é provável que o país passe por uma desaceleração no curto prazo, impactando diretamente sua demanda, abrindo espaço para os fornecedores procurarem novos mercados e para flutuações de preço da comodities.

Conforme olhamos para tendências mais relacionadas ao longo prazo, a economia de baixo carbono será uma força impulsionadora para crescimento da demanda por cobre, podendo impactar lentamente a demanda no curto prazo, mas respeitando um crescimento contínuo e perene no longo prazo. 

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