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13/03/2024
• Atualizado em 13/03/2024
4 minutos para ler

Triplicar as energias renováveis é necessário para alcançar o net zero

Segundo o site de notícias Bloomberg, é necessário triplicar as energias renováveis até 2030 para a economia global alcançar a meta de ter zerado as emissões líquidas de carbono. 

Desde a COP26, realizada em 2021, o Brasil se posicionou indicando que irá zerar as emissões de carbono até 2050 e que para isso reduziria esse índice em 50% até 2030.

Segundo portal do próprio governo, entre as metas discutidas durante a COP26 destacaram-se:

  1. Zerar o desmatamento ilegal até 2028, 15% por ano até 2024, 40% em 2025 e 2026 e 50% em 2027, comparando com o ano de 2022;
  2. Restaurar e reflorestar 18 milhões de hectares de florestas até 2023;
  3. Alcançar, em 2030, a participação de 45% a 50% das energias renováveis na composição da matriz energética;
  4. Recuperar 30 milhões de hectares de pastagens degradadas;
  5. Incentivar a ampliação da malha ferroviária.

Assim como o Brasil, várias lideranças mundiais têm intensificado o comprometimento para triplicar a capacidade global instalada de energia renovável até 2030. Esta meta significa a produção de 11 terawatts gerados por energias renováveis.

O compromisso com esses objetivos se torna ainda mais claro quando observamos que o Brasil atingiu no final de 2022 a meta de 50% do total da matriz energética com utilização de energia renovável, prevista para até 2030, se tornando o líder em geração de energia renovável entre os Brics.

Embora a última vez que a capacidade de produção de energia renovável foi triplicada tenha levado 12 anos, de 2010 a 2022, a próxima, com uma ação conjunta global, poderá levar bem menos tempo que isso.

As previsões da BloombergNEF (BNEF), que refletem a produção de energia esperada com base nos atuais projetos, analisando desenvolvimento econômico, tendências, pipelines de projetos e medidas políticas, atualmente ficam aquém das expectativas, embora as energias eólica e solar sejam as fontes mais baratas de nova geração de energia na maioria dos países.

A previsão da BNEF mostra que a parte solar da meta provavelmente pode ser alcançada, mas a necessária expansão da energia eólica exige uma ação conjunta de líderes dos setores públicos e privados. 

Obter a combinação certa de tecnologias é fundamental. Um mundo em rápida descarbonização que é excessivamente dependente da geração de energia solar, enquanto triplica a capacidade de energias renováveis, não verá o mesmo impacto na geração de eletricidade, nem na redução de emissões.

As soluções propostas pela Bloomberg são as seguintes:

 

O cenário “net-zero” da BloombergNEF, que traça um caminho para zero emissões líquidas de carbono até 2050 e mantém o aquecimento global abaixo dos 2°C, considera que a energia renovável contribui com 62% para a redução total das emissões até 2030, em comparação com um caminho sem transição. 

A eletrificação dos setores de uso final, tais como a indústria e o transporte rodoviário, contribui com mais 15% da redução total do carbono.

“As energias renováveis são de baixo custo e o subsídio direto não é mais o que é necessário para acelerar a implantação”, disse Meredith Annex, chefe de energias limpas da BNEF e co-autora do relatório. “Os governos e os reguladores têm uma janela limitada de tempo para ajudar o setor a entrar nos eixos”.

As contribuições de países individuais para o objetivo mundial serão diferentes. Para os mercados que adotaram anteriormente as energias renováveis, incluindo a China, os EUA e a Europa, é necessário triplicar a produção para conseguir atingir zero emissões líquidas de carbono. 

Outros mercados, particularmente aqueles com uma base menor de produção de energia renovável e altos níveis de crescimento de demanda, como sudeste da Ásia, Oriente Médio e África, precisarão mais do que triplicar a capacidade até 2030. 

Nestes mercados, o incentivo para se ter uma energia renovável barata é fundamental não apenas para a transição energética, mas também para expandir o acesso à energia elétrica para milhões. 

Enquanto isto, mercados como o Brasil, que já têm a maioria de sua energia elétrica proveniente de fontes renováveis ou de baixo carbono, podem contribuir menos para a meta mundial. No entanto, a integração de recursos adicionais de energia renovável ainda será crucial para descarbonizar ainda mais o setor, as construções, o transporte e a agricultura, e para lidar com os 10-30% de emissões finais do setor de eletricidade.

O Brasil já está no “caminho certo” em relação à maioria dos outros países, pois já temos uma boa parte da nossa energia oriunda de fontes renováveis. Isso não significa que o governo não vai continuar investindo nesses projetos, afinal, precisamos aumentar ainda mais a relevância delas na produção do país. 

Uma questão extremamente relevante é que para a implantação de parque eólicos ou solares é necessário a realização de estudos de viabilidade, que incluem estudos de ventos ou de incidência solar, estudos de solos para sustentação das torres ou placas, estudos de resistividade de solos para implantação das malhas de aterramento, sondagens e outros.

Essa necessidade imensa de serviços técnicos cria um enorme gargalo e uma dificuldade para implantação desses empreendimentos, além das questões relacionadas ao meio ambiente. A Geoscan se firmou dentro desse segmento pela competência e excelência na prestação dos serviços de apoio para os investidores e empresas do setor. 

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