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Geofísicos desenvolvem técnica sísmica inovadora e de baixo custo
31/08/2021
• Atualizado em 02/05/2025
4 minutos para ler

Geofísicos desenvolvem técnica sísmica inovadora e de baixo custo

Nos últimos anos, a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis na exploração mineral tem ganhado força. 

Um grande avanço nesse sentido vem de uma equipe de geofísicos da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul. 

Eles estão desenvolvendo uma técnica sísmica inovadora, que promete revolucionar a prospecção mineral. 

Além de ser altamente eficaz, essa técnica tem o benefício de ser de baixo custo e não requer intervenção no meio ambiente, tornando-a uma opção sustentável e vantajosa para a indústria.

O que torna essa técnica sísmica tão especial?

Liderada pelo professor Musa Manzi, diretor do Centro de Pesquisa Sísmica Wits, a equipe criou uma técnica sísmica ativa-passiva. 

A inovação visa revitalizar os métodos sísmicos de mineração no país, oferecendo uma solução eficaz para a exploração mineral, sem causar danos ambientais significativos.

Criada em 2020, essa técnica sísmica foi projetada para superar os desafios da exploração sustentável de recursos minerais, essenciais para o desenvolvimento tecnológico e econômico global. 

O grande diferencial desse método é sua capacidade de operar em ambientes ruidosos e profundos, com profundidades de 300 a 3500 metros, algo que a maioria das técnicas tradicionais não consegue realizar com eficiência.

A aplicação prática da técnica sísmica

O principal objetivo da inovação é melhorar a exploração em minas subterrâneas. A equipe de Manzi teve acesso a minas de ouro e platina na África do Sul, onde a técnica foi testada com sucesso. 

Um exemplo notável foi o teste realizado em uma mina subterrânea de platina em Rustenburg. 

O experimento visava, entre outros pontos, reduzir os custos de perfuração, otimizar os gastos com exploração, aumentar a segurança e prolongar a vida útil das minas.

Com a técnica sísmica inovadora, os geofísicos conseguiram otimizar a detecção de novos alvos de exploração, o que não só melhora o retorno econômico das operações, mas também permite um uso mais inteligente dos recursos minerais disponíveis.

método sísmico inovador

Como é o equipamento utilizado?

A inovação não está apenas na técnica em si, mas também no equipamento utilizado. De acordo com o professor Manzi, o novo sistema de gravação sem fio é extremamente flexível e versátil. 

Isto é, ao contrário dos sistemas cabeados, que exigem logística de campo mais complexa, os sistemas sem fio são fáceis de operar e podem ser usados por longos períodos, com uma duração de bateria de até um mês.

Além disso, o uso do land streamer, um dispositivo que coleta dados sísmicos de forma mais eficiente, elimina a necessidade de geofones tradicionais. 

Isso não só economiza tempo, mas também facilita o trabalho em ambientes desafiadores, como os túneis das minas. 

Com isso, a técnica pode ser aplicada em áreas de difícil acesso, onde a logística convencional seria um obstáculo.

Colaboração e pesquisa para avanços futuros

Para garantir que essa técnica sísmica se torne cada vez mais eficaz, a equipe está colaborando com pesquisadores locais e internacionais. 

O foco é melhorar a resolução da imagem sísmica passiva, o que permitirá um mapeamento ainda mais preciso das áreas de interesse. O objetivo é transformar essa inovação em uma ferramenta ainda mais poderosa para a exploração mineral.

Esse trabalho também conta com o apoio de jovens pesquisadores, que estão contribuindo para o avanço da geofísica de exploração na África. 

O projeto oferece uma valiosa oportunidade de treinamento e desenvolvimento, preparando uma nova geração de especialistas no setor.

O futuro da exploração mineral

O impacto dessa técnica sísmica inovadora vai além de suas aplicações imediatas. Ao fornecer uma solução mais eficiente e sustentável, ela tem o potencial de mudar a forma como os recursos minerais são explorados no futuro. 

Com métodos mais baratos, rápidos e menos prejudiciais ao meio ambiente, a indústria da mineração pode se tornar mais responsável, ao mesmo tempo em que atende à crescente demanda por minerais essenciais para tecnologias modernas.

Esse avanço não só ajudará a África do Sul, mas também poderá beneficiar outras regiões que enfrentam desafios semelhantes na exploração mineral.

Fonte: Universidade de Witwatersrand

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