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Cavernas: O que são, como são formadas e qual a sua importância.
13/10/2021
• Atualizado em 13/10/2021
4 minutos para ler

Cavernas: O que são, como são formadas e qual a sua importância.

As cavernas são cavidades naturais subterrâneas, constituídas por um sistema de canais horizontais e/ou verticais com fraturas e estruturas geológicas de variações irregulares. Elas são moldadas através da ação da água que por meio de diferentes processos dissolveu a rocha matriz, as principais rochas que formam as cavernas são: calcita, halita, anidrita e dolomita, não só no Brasil, mas no mundo.

Se você quer saber mais sobre cavernas, como elas são formadas e qual sua importância, leia este conteúdo até o final!

Formação das cavernas

A formação das cavernas acontece a partir de uma série de soluções químicas que ocorrem do processo de dissolução da “rocha mãe”. Os espaços, condutos e vazios vão sendo modelados conforme as reações abaixo:

  • H2O ( Água ) + CO2 ( Dióxido de Carbono ) ==> H2CO3 ( Ácido carbônico );
  • H2CO3 ( Ácido carbônico ) + CaCO3 ( Carbonato de Cálcio ) ==> Ca(HCO3)2 ( Bicarbonato de Cálcio ).

No ambiente de morfologia cárstica, a interação dos series vivos com os recursos abióticos contribui para a constituição de seu habitat. Este tipo de ambiente é extremamente frágil e dinâmico, devendo ser preservado.

Outros tipos de rochas que formam as cavernas

Além das rochas citadas anteriormente, que são solúveis, rochas como arenitos , quartzitos, formações ferríferas bandadas (BIFs) e canga também podem formar cavernas. Essas não formam as cavidades naturais através do processo de dissolução, mas sim por outros fenômenos, que são mais raros, por isso, elas ocorrem em um menor número em relação as cavidades subterrâneas formadas por outras rochas.

Sedimentos químicos e a morfologia cárstica

Os sedimentos químicos, como o nome já diz, são formados a partir da interação química que ocorre nas cavernas, um exemplo é o espeleotema, que é o conjunto de feições deposicionais nas cavidades subterrâneas, sendo caracterizado como um depósito mineral secundário, pois é formado a partir da dissolução e precipitação de minerais.

Para ocorrer um espeleotema, é necessário que a água esteja levemente ácida e possa percorrer as fendas das rochas, dissolvendo e transportando o calcário sob a forma de bicarbonato de cálcio. Dentre as formas mais comuns observadas em cavernas estão:

  • Estalactites;
  • canudos de refresco;
  • escorrimentos;
  • coralóides;
  • estalagmites;
  • colunas;
  • paleopiso;

Na figura abaixo você pode conferir cada uma das diferentes formas:

cavernas e a morfologia cárstica
Tipo de espeleotemas observados em cavidades subterrâneas. (1) paleopiso, (2) helectites, (3) coralóides, (4) escorrimento, (5) estalactite, (6) estalagmite, (7) estalactite tipo canudo, (8) estalagmite tipo vela, (9) coluna, (10) cortina, (11) represa de travertino (VASCONCELOS, 2014).

A morfologia cárstica e sua relação com o passado geológico

As cavernas são ambientes em que é muito comum encontrar fósseis de diversos animais que já habitaram aquela região em um dado momento do tempo geológico. Os animais muitas vezes entram nessas cavidades pelos seguintes motivos:

  • A procura de um “lar”;
  • sendo carregado por predadores;
  • caindo em fendas e abismo;
  • sendo levados por enxurradas enquanto carcaças ou apenas restos de esqueletos.

Dependendo das condições da caverna e de onde os restos mortais estão localizados, os ossos podem ser mais resistentes ou frágeis, estarem mineralizados ou não e com uma coloração mais clara ou escura. A maioria dos fósseis encontrados nas cavernas do Brasil são do final do Pleistoceno e início do Holoceno.

Suas datações ocorrem a partir da técnica do Carbono 14 ou dos cristais de calcita e de acordo com o período, esses animais viveram entre 20 mil anos e 10 mil anos atrás, sendo contemporâneos do homem. Alguns dos fósseis encontrados são de roedores, tatus, lebres, preguiças, marsupiais, ursos, entre outros.

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